terça-feira, 12 de abril de 2011


No silêncio da noite...


No silêncio da noite sinto o coração tremer como se estivesse envolto em brumas gélidas ,

como se fosse tocado pelas mãos do esquecimento.

As horas rolam mansamente, e perdem-se na estrada do tempo...

Sinto que o horizonte de minha alma é deserto de sonhos,

de cores e de formas, sinto que o meu coração é um campo crestado pelo inverno,

onde existe apenas a lembrança de uma primavera morta.

O tique-taque do relógio insiste em repetir

sempre e sempre que o tempo urge e

que a vida nada mais é que uma mera ilusão;

os minutos escoam-se lentamente e eu sitiado pela insônia me pergunto,

- Porque dentro desta noite misteriosa e densa não há o mais leve vestígio dos meus sonhos? Onde se refugiou a esperança que me dava tanto anseio e

tanto desejo de viver?

Você partiu e sei,

sinto que jamais voltara para mim,

nada mais me resta senão a tristeza,

o tédio, o desespero e a saudade de você.

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