quarta-feira, 1 de junho de 2011



O NOSSO POEMA (parte I)


O nosso amor…


O nosso amor é capim, que cresceu…

De uma forma tão pura e intensa…é perfeição,

Pois tu estás em mim…

Somos um, tu e eu, …uma só alma, um só coração!

Relembro cada uma das tuas palavras,

Com saudade, como se fossem hoje proferidas…

E jamais serão esquecidas…

- “Fechei os meus olhos e sorri...

Tinha chegado tão longe,

Sem mesmo sair daqui.

Voltei a fechar os olhos,

E ainda mais longe cheguei,

E em tão pouco tempo.

Foi então que percebi que,

Que para eu ir onde eu quero,

Nem preciso sair daqui.

Pois bastava fechar os olhos e sorrir,

Para eu ir o teu encontro.

Pois é onde o meu coração quer ir.

E em cada fechar de olhos te amo mais!”


Ai meu amor…que continuando acrescentei…

E sempre que meus olhos abro,

E teu corpo contemplo,

Teu sorriso, teu olhar…

Sei que enfrentarei vendavais…

Que tudo aguento…

Simplesmente por te amar!

Novamente sorrindo, os olhos, volto a fechar…

E lá, bem fundo…no meu intimo…

Sei que existe um lugar,

Onde tu e eu partilharemos a felicidade,

E chegaremos…onde ninguém mais poderá chegar!

É nas tuas palavras que encontro as minhas certezas,

Ganho asas e voo, num sonho lindo ao ver o teu sorriso,

É no teu olhar que ultrapasso as minhas fraquezas…

E em cada curva do teu corpo…que encontro o paraíso!

Abro os olhos, novamente…sorrindo,

Simplesmente, não consigo parar de sorrir…

Pois amar-te é sonho infindo…

É felicidade que chega, para não mais partir!

E de olhos abertos…teu rosto contemplo,

Quero amar-te mais e mais, sem tempo,

Hora ou lugar!

Amar-te para todo o sempre…

Pois sinto que nem a morte nos poderá separar!

Amar-te-ei eternamente!



Pudera eu alguma vez imaginar…
A ironia destas palavras e o que poderiam significar…

 
A PERDA...(parte II)


- “Mesmo após a morte e fechando meus olhos,


Eternamente… tu ainda por este mundo andarás,

Os olhos da minha alma irão abrir-se para te continuar a

amar!”



Pois…


Partiste meu amor…

Quis o beijo da morte levar-te,

No meu coração ficou a dor…

Na alma…o negro, o luto de tanto amar-te!

Nos olhos o ardor, por cada lágrima derramada…

Sinto-me barco á deriva…

Nem perdida…nem achada…

Hoje sou alma penada…triste e desconsolada…

Sou tempestade…gotas de chuva…

Que caem torrencialmente…

Sou ferida…

Que machuca…que lateja constantemente!

A tua ausência…é espinho cravado no meu coração,

Sinto-me ira…agonia…solidão!

Saber que o teu doce e meigo rosto,

Não irei mais contemplar…

Ou o teu lindo sorriso ver,

Abraça-me o desespero…a vontade de não mais acordar!

É como se para mim não voltasse a amanhecer…

Tenho frio…sinto-me gelada,

Puxo mais um cobertor…estou tão cansada,

Sinto os olhos tão inchados de chorar…

Abraço a almofada…

A cerimónia foi tão bonita…

A musica…as flores…o lugar…


Paro de divagar…


Cada dia sem ti é um tormento…juro, não sei se aguento!

A cama está tão vazia…Sem ti fica tão fria…

O teu cheiro…está entranhado no quarto, na roupa,

Fecho os olhos…por momentos sinto a tua presença,

O teu toque, o teu beijo, o teu calor…

Abro-os…obviamente…tu não estás,

Sinto que vou dar em louca…

Desato a chorar novamente.

Meu Deus…tem misericórdia…tem piedade,

Sinto-me a transbordar saudade…

Na minha mente as mesmas perguntas…

Que teimam em não dispersar…

Porquê? Porquê ele meu Deus?

Porque não eu? Porquê este tormento?

Serei eu merecedora de tamanho sofrimento?

Respiro fundo vezes sem conta…para conter a minha cólera.

A tua ausência meu amor…tem sido duro Inverno,

Sou alma inquieta…

Sou passagem aberta…entre este mundo e o inferno!

Encolho os joelhos contra o peito,

E num choro desenfreado balanço…de tristeza quase pereço…

Carente…neste frio e cruel leito…

Exausta…fecho os olhos e adormeço!

Durante meu sono inquieto…

Sossego…

E estranhamente…

Não te vejo…sinto-te…

Não é fruto da minha imaginação…é a tua voz que ressoa,

Sei que estás comigo meu querido…

Em sonho…talvez…não sei…

Mas ouço…o teu desabafo…

Ouço…é a tua doce voz… que me sussurra ao ouvido:

- “Por te amar demasiado!

Choro pelo teu excessivo chorar,

Pela perda…pela sensação do acabado!

Choro por saber o quão imenso é o teu amor.

Por não poder secar as tuas lágrimas e te dar consolo.

Choro pela tua falta de paz, pela tua dor…

Pois a tua dor…dói demasiado em mim,

E sem a tua paz, como não poderei eu deambular assim…

Inquieto…em desanimo…

Choro por me iludir…

Ao pensar que ao te tocar, ainda me poderias sentir,

Por imensamente desejar amar-te todas as noites,

E não poder!

Tudo isto dói demais… como eu te amo…

Choro ao ver-te aí sozinha, carente…

E não poder fazer-te sentir o calor do meu abraço,

Proporcionar-te infinito prazer...

E te embalando, deixar-te adormecer…

Serena…tranquila, em meu regaço!

Lamento incessantemente ao ver a tua triste forma de viver,

Amarguro pela minha partida…

Mas contra a morte nada se pode fazer, minha querida!

Ao ver-te aqui estendida no nosso leito,

Tão bela…adormecida…

Que infelicidade sinto, por estar aqui ao teu lado…

E no entanto…não me podes ver…

Tolamente sonhei que a qualquer momento,

Iríamos ficar juntos…novamente…

Teu rosto…acanhadamente…contemplo…e,

Minha alma chora…grita…desesperadamente,

Ao ver que os teus sonhos de outrora…

São para ti, hoje…Impossíveis…

O que eu faria…para torná-los a todos reais,

Completar-te…fazer com que em tudo te superasses,

Que unidos, déssemos as mãos…

E amando-te totalmente…eternamente, ao meu lado ficasses…

Realista que sou, sei serem desejos tolos, vãos…

E por isso lamento…choro…por meus olhos ter fechado de vez,

E não te fazer sonhar mais!

Deixo-te agora dormir…e,

Docemente te beijo…

Ressequido por não poder sentir-te,

Carente…por não mais poder possuir-te…

Mas sei-te tão minha…tão minha…

Minha linda e bela flor!

Estarei sempre contigo…será sempre teu, o meu amor!”

Acordo…tuas palavras ressoam no meu pensamento…

O dia amanheceu…e eu tenho que me levantar,

Corro as cortinas…o sol brilha intensamente…

Abro a janela…sinto a brisa na face…

E soltando uma lágrima, sorriu…tudo será diferente…sei.

Mas sinto-me invadida por tudo o que me ensinaste,

Por todo o amor que me deste…estejas tu onde estiveres…

Sei que estarás sempre comigo…

Estás presente…em tudo o que vejo, em tudo o que toco…

Em mim mesma…

E se outrora fui primavera…

Hoje…sou a ultima folha de Outono…

Caída, seca…que impaciente espera…

Relembrando cada momento do passado…

Vivendo-o como se fosse o presente…

Esperando ir ao teu encontro…nesse outro lado…

E aí sim meu amor…aí sim…

Juntos…lado a lado…

Amar-te-ei eternamente!